2010-05-18

O Blog da minha irmã!



Hoje vou abraçar o nepotismo, com muito orgulho!

Quero apresentar para vocês o blog da minha irmã: "the ethically challenged - A year in the life of a novice ethical consumer" (http://www.theethicallychallenged.blogspot.com/).

Tudo começou a partir de uma conversa que tivemos sobre consumo ético, produtos ecologicamente responsáveis e toda a preocupação verde com o planeta.

Nós duas concordamos que, apesar de louvável e recomendável, ainda é muito difícil viver seguindo estes princípios. E olha que a Renata mora em Londres. Se é complicado para ela, o que dizer para nós, brasileiros (por aqui respeitar o planeta é somente economizar água e levar a eco-bag ao supermercado...). Imaginem se eu ligo para a Bauducco pedindo que eles me atestem que toda a cadeia de produção deles segue o "fair trade" e que seus bolos, colombas e panetones são fabricados de maneira sustentável. Quem leu o post sobre a troca da Colomba Pascal sabe que tipo de apuro o consumidor enfrentaria para no fim não conseguir nada! Enfim...


Outro aspecto que nos distancia desta nova forma de comportamento são os preços, sempre (muito) mais altos do que os dos produtos "sem consciência". E, como se não bastassem a dificuldade para achar produtos 100% éticos e os preços salgados, parece que há uma regra que dita que "eco-friendly" é sinônimo de feiúra.

Será mesmo?





Pressentindo um certo preconceito de minha parte, minha irmã resolveu se propor um desafio: (tentar) viver dentro dos padrões ecologicamente corretos, só comprar produtos fabricados de maneira ética, com o mínimo de "carbon footprint" ( mais ou menos a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa necessária para a manufatura), informar-se sobre as condições de fabricação de tudo que comprar (fair trade). O desafio tem a duração de um ano - depois disso ou ela se converte em guardiã do planeta ou volta a ser a consumidora de sempre.

Assim, a Renata resolveu registrar seu desafio em um blog: http://www.theethicallychallenged.blogspot.com/.

Como ela mora em Londres e já é mais inglesa do que brasileira, todos os posts são escritos em inglês. Ainda assim vale a pena! As histórias são boas e ela tem um jeito divertido e leve de escrever.


Vocês vão ver as primeiras dificuldades como comprar um vestido para um jantar, escolher um sapato (bonito) para montar o look do evento - aliás, aqui preciso dizer que os sapatos naturebas que ela encontrou à venda eram todos medonhos! Credo...melhor ir descalça e fazer a "descolada", "tô nem aí". Dá uma passadinha lá e depois me conta.

2010-05-14

Azul: tomara que seja igual a sua irmã JetBlue!



Oi gente! Depois de um período de hibernação, voltei! Que saudades de escrever...

Hoje queria falar sobre a nova companhia aérea operando em céus brasileiros: a Azul!
Tenho a maior simpatia por esta marca, que nos Estados Unidos é conhecida como JetBlue. Nunca voei com eles aqui mas já tive uma experiência de viajar de New York para Orlando numa aeronave da JetBlue. Tenho que dizer que adorei!!

Desde 2001 a Jet Blue tem sido eleita  a “Melhor Companhia Aérea em Vôos Domésticos” nos Estados Unidos. E eles são bons mesmos! Quer ver? A passagem deles foi a mais barata que encontrei. Eu estava com pouco dinheiro e toparia até voar na asa, assim quando achei o bilhete mais em conta, comprei, já esperando que a viagem seria aquele martírio - poltronas apertadas, gente mal educada, equipe de bordo mal humorada, enfim, tudo aquilo que a gente está acostumado a encontrar.

Mas, não...Que surpresa! Já começa que não entendi nada quando encontrei o balcão de check-in na calçada do aeroporto! Isso mesmo, o táxi parou, eu sai e ...como assim? Pois é, você não precisa ir até lá dentro e enfrentar aquelas filas imensas - até pode, se quiser, mas eles têm a opção deste atendimento rápido. Rapidíssimo. Amei.

E tem mais! Os comissários de bordo (e os funcionário em terra) estavam todos de bermudas ou  calças cáquis e camisetas pólo azuis - super modernos, clean, de acordo com a proposta da companhia. Tão diferente daqueles uniformes jecas, jequíssimos que andam por aí. Alguém precisa avisar as aeromoças que aqueles cóques emplastrados de gel, não favorecem ninguém. Não há como ficar bonita com um penteado daqueles. E para piorar elas usam umas redinhas e um LAÇO (!!!!) preso no cóque. Um pavor. E o que dizer das comissárias americanas e européias (as aerovelhas), todas usando maquiagem pesadíssima, fisionomia cansada e uma simpatia de soldado nazista. Já o pessoal da JetBlue parecia funcionário do Bush Gardens, aquele parque americano que com ar de safári : bem dispostos, a vontade, confortáveis, amistosos!

Vale lembar que o conceito da JetBlue (happy jetting!) é vender bilhetes baratos e proporcionar uma viagem agradável e sem complicações para seus consumidores. E a única experiência que tive com eles superou em muito minhas expectativas.

Uma outra coisa que adorei foi o serviço de bordo. No que se refere à alimentação, vale lembrar que estamos falando de um voo relativamente curto - menos de 3 horas. Ainda assim, havia o serviço de bordo pago, com bebidas alcóolicas e não sei mais o que porque não perguntei, e havia aquele gratuito. Eu já pensei que teria que engolir aquelas barrinhas lamentáveis, mas não foi isso que aconteceu: recebemos uns saquinhos de snacks que não me lembro quais eram, mas sei que gostei, e coca cola. Nada de mais, nada de menos. Algo para mastigar durante o vôo, só isso,  mas algo gostoso. Nada daquela depressão de receber o kit tristeza...

Outra coisa que nunca tinha visto e que amei: naquele vôo a programação de vídeo incluia TV. Explico: pudemos assisitir, durante o vôo, um canal de TV normal. A mesma programação que estava sendo transmitida "em terra" passava no ar também. É como se você ligasse o monitor durante o vôo e pudesse assisitir à Globo. Incrível, né? E tem mais: sinal de wireless gratuito a bordo e nos aeroportos.

E para terminar, assisti à entrevista que o fundador da JetBlue e da Azul - David Neeleman - deu ao Jô Soares, li também uma matéria com ele em algum jornal do qual não me lembro, e achei-o bastante simpático, com uma trajetória de vida diferente daquela tradicional de executivo vindo das melhores faculdades do mundo, com uma carreira bem planejada e traçada desde cedo. Nada disso. David Neelman morou no Brasil, foi missionário por aqui (sim!), ajudando comunidades carentes no Nordeste, não completou a faculdade e "sofre" de um mal que eu conheço de perto: ele é DDAH, ou seja, ele apresenta Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Fiquei tão comovida, sabia? Só que, diferentemente de mim, ele não toma nenhuma medicação que o ajude a ter a cabeça menos na lua porque acredita que os remédios o deixam menos criativo.

Ah, sim, já ia me esquecendo: muitas  das aeronaves da JetBlue e todas da Azul foram compradas da Embraer! Achei o máximo: só aviões brasileiros! Aqui são os Embraer 195 e nos Estados Unidos os Airbus A320 e os Embraer190.

Adorei o David Neeleman!